Em 2013, quando uma empresa cofundada por um ex-policial após o trágico tiroteio de Sandy Hook apresentou um robô de 400 libras para patrulhar áreas movimentadas, houve muitas preocupações sobre qual seria o resultado. De fato, algumas das tentativas iniciais de empregar o robô K5 da Knightscope em shoppings e outros locais públicos foram decepcionantes, com um robô passando por cima da perna de uma criança pequena e outro caindo em uma fonte de água.

Mas tais incidentes e as fortes críticas que se seguiram não impediram a Knightscope de continuar inovando em seu produto. Mais importante, o setor percebe cada vez mais o potencial dos robôs na segurança física e mais empresas passaram a apresentar seus próprios produtos.
Com a melhoria da qualidade dos sensores e da tecnologia de IA, veremos mais máquinas sendo empregadas para apoiar as forças de segurança em serviço. Segundo a Mordor Intelligence, o mercado de robôs de segurança valia US$ 2,1 bilhões em 2018 e deve crescer a uma taxa composta anual (CAGR) de 7,93% para alcançar US$ 3,3 bilhões até 2024. Aqui estão alguns fatores que tornam os robôs na segurança atraentes.
Amplo escopo de uso
Embora a maior popularidade das câmeras de vigilância e os sistemas de controle de acesso tenham reduzido as preocupações com crimes contra o patrimônio, o monitoramento de espaços comerciais, residenciais e públicos continua sendo uma tarefa cara e difícil.
Para organizações públicas e privadas, robôs e veículos de vigilância não tripulados (UGV) oferecem uma ótima solução que combina tecnologias tradicionais de vigilância com um guarda de segurança móvel moderno baseado em IA. Os robôs podem ser usados para neutralizar ameaças potenciais, coletar evidências forenses, detectar e dissuadir pessoas com intenções maliciosas. Eles podem atuar como guardiões de acesso e também transmitir informações em tempo real a operadores remotos sempre que necessário.
Mas essa não é a única maneira de os robôs de segurança ajudarem. Quando usados com os sensores certos, os robôs podem detectar e alertar sobre mudanças ambientais, vazamentos de gás etc., tornando-se uma ferramenta útil não apenas em áreas de alta segurança, como infraestruturas críticas, mas até mesmo em residências.
Inovações tecnológicas em ação
De modo geral, os robôs de segurança se dividem em duas categorias: controlados remotamente e autônomos. Os utilizados pelos militares costumam ser máquinas controladas remotamente, empregadas para coletar dados e, às vezes, agir com base neles. (Leia nosso blog sobre Avanços na automação militar) Embora sejam extremamente úteis nas circunstâncias certas, são os robôs autônomos usados em situações não militares que podem ser o divisor de águas nos próximos anos.
Robôs autônomos navegam sozinhos com a ajuda de sensores, GPS e algoritmos complexos. Alguns dos dispositivos mais comuns presentes neles são:
Câmeras: A maioria dos robôs de segurança possui várias câmeras que podem girar, inclinar, dar zoom e fornecer uma visão de 360 graus de seu entorno. Elas costumam ser de alta resolução e podem usar análises para recursos como detecção de movimento, reconhecimento de placas e reconhecimento facial. Para visão noturna, os robôs também são equipados com câmeras infravermelhas ou térmicas.
Sistemas de comunicação: Os robôs também podem usar um sistema de comunicação bidirecional que permite aos seus operadores falar com as pessoas que estão à frente da máquina. Pode haver também outros sistemas de áudio para disparar alarmes, sirenes etc.
Integração com outros sistemas: Dependendo da aplicação, esses robôs podem utilizar tecnologias como sistemas de controle de acesso e alarmes de incêndio. Um robô operando o portão pode verificar credenciais de identificação antes de permitir que alguém entre em um local. Alguns robôs chegam a ser integrados a drones, que podem levar as operações aos céus quando necessário. O uso de radares e scanners a laser permite que as máquinas ofereçam vigilância de longo alcance.
Formas de torná-lo mais econômico
Embora as vantagens dos robôs sejam claras, os custos envolvidos na aquisição inicial afastam muitos clientes. A boa notícia é que os preços dos componentes continuam caindo dia após dia. Além disso, algumas empresas passaram a oferecer Robôs como Serviço (RaaS) para clientes que não podem comprá-los.
Em resumo, os avanços tecnológicos, a acessibilidade e um amplo escopo de aplicação são fatores que podem impulsionar a adoção de robôs de segurança no futuro. À medida que mais e mais sensores forem integrados, os robôs poderão se tornar úteis em uma ampla gama de setores, apoiando o pessoal de segurança público e privado.
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Sobre o autor
Prasanth Aby Thomas escreveu extensivamente sobre segurança global, automação e tecnologias inteligentes indústrias. Ele é jornalista sênior e repórter de tecnologia e já trabalhou com várias publicações na Índia e no exterior. Concluiu um mestrado em Jornalismo Internacional pela Universidade de Bournemouth, em Dorset.