Em uma fábrica com pouca iluminação, distribuída por 40.000 pés quadrados perto do Monte Fuji, no Japão, robôs de aparência robusta trabalham ininterruptamente, em conjunto, para criar mais robôs. Parece uma cena distópica de um filme de ficção científica? Bem, esta é a planta de fabricação da fornecedora de soluções de automação FANUC. Como todo o trabalho é realizado por robôs, a fábrica não precisa de luzes, ar-condicionado ou sistemas de aquecimento, reduzindo significativamente os custos.
Os robôs estão se tornando cada vez mais comuns em fábricas ao redor do mundo, pois ajudam os fabricantes a aumentar a produtividade e a lucratividade. De acordo com a Mordor Intelligence, o mercado de robótica industrial foi avaliado em US$ 18,05 bilhões em 2018 e deve alcançar US$ 37,75 bilhões até 2024, a uma taxa composta anual (CAGR) de 12,15%.
À medida que a demanda aumenta, os principais fabricantes de soluções de automação robótica estão investindo pesado para aprimorar a tecnologia e oferecer produtos mais eficientes a seus clientes. Neste artigo, analisamos os fatores que estão impulsionando a adoção generalizada de robôs de fábrica.
Visão de máquina e IIoT melhoram as operações
Muitas pesquisas estão sendo feitas agora para que os robôs vejam e reconheçam objetos. As tarefas mais comuns que os robôs de fábrica executam incluem montagem, inspeção, controle de qualidade e transporte. Essas funções exigem que os robôs captem informações visuais, as compreendam e as processem junto com dados capturados de outros sensores.
À medida que essa tecnologia evolui, os robôs do futuro poderão integrar a visão de máquina ao aprendizado de máquina para melhorar as operações por meio de tentativa e erro. A tecnologia classificada sob o termo guarda-chuva Internet Industrial das Coisas (IIoT) está trazendo diversos novos sensores que permitem aos fabricantes reduzir custos e aumentar a eficiência com recursos como manutenção preditiva.
Robôs agora podem trabalhar ao lado das pessoas
Os cobots oferecem uma interação homem-máquina melhor do que os robôs tradicionais, o que resulta em operações mais eficientes. Por exemplo, em uma configuração tradicional, se for necessária intervenção humana em qualquer etapa da produção, todo o sistema precisa ser parado por motivos de segurança. Com os cobots, os funcionários da fábrica podem intervir em qualquer ponto das operações, economizando tempo e custos. Os robôs são usados em fábricas há vários anos. Mas, até recentemente, eram em sua maioria máquinas de aparência bruta em espaços fechados, perigosos para as pessoas se aproximarem. Isso mudou com a chegada dos robôs colaborativos (cobots).
Melhores motores, atuadores e outros componentes
Segundo um relatório da Technavio, os principais fabricantes de motores e atuadores para robôs industriais buscam constantemente oferecer soluções inovadoras e personalizadas. Eles também estão reforçando o atendimento ao cliente com ofertas como treinamento para os funcionários dos clientes. Além das mudanças revolucionárias trazidas pelo IIoT, houve rápidas melhorias na qualidade de motores, atuadores, engrenagens, tecnologia de garra etc. Isso significa que os robôs não estão mais limitados apenas a grandes unidades de fabricação, podendo ser usados também em indústrias como a de alimentos e bebidas, onde é necessário o manuseio cuidadoso de itens delicados.
Relocalização da fabricação nos EUA
De acordo com uma pesquisa do Boston Consulting Group, cada vez mais grandes fabricantes nos EUA estão considerando investir para produzir dentro do país, em vez de fazê-lo na China. O encurtamento da cadeia de suprimentos foi visto como o motivo mais comum para isso, embora as preocupações recentes com cibersegurança possam incentivar ainda mais essa tendência.
No entanto, os custos trabalhistas continuam altos nos EUA, o que significa que as empresas terão de recorrer aos robôs para evitar perdas. Os custos das soluções de automação seguem em queda, e isso tem atraído os fabricantes.
Maior disponibilidade de talentos
Engenheiros especializados em tecnologia de automação robótica não eram comuns antes e, mesmo os disponíveis, eram caros. Agora, reconhecendo o potencial do setor, cada vez mais jovens estão buscando formação nessa área. Escolas e universidades também estão se esforçando para incluir essa tecnologia em seus currículos, seja como um curso separado, seja dentro da formação geral sobre soluções de manufatura.
O software de simulação e os sistemas de programação offline que podem ajudar a testar robôs também estão mais acessíveis agora, facilitando a entrada de mais pessoas nesse campo.
Mais fácil de integrar
Com o avanço da tecnologia de redes, do desenvolvimento de software e com mais poder de computação, instalar robôs nas fábricas ficou mais simples e menos caro do que antes. Antes, componentes como atuadores e sensores precisavam ser conectados separadamente aos controladores robóticos por meio de racks de terminais, caixas de junção etc. Mas agora eles são oferecidos com tecnologia plug-and-play.
Essa facilidade de integrar as soluções conforme os requisitos está incentivando cada vez mais usuários finais a optarem por robôs em suas unidades de fabricação.
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Sobre o autor
Prasanth Aby Thomas escreveu extensivamente sobre segurança global, automação e tecnologias inteligentes indústrias. Ele é jornalista sênior e repórter de tecnologia e trabalhou com várias publicações na Índia e no exterior. Concluiu um mestrado em Jornalismo Internacional pela Universidade de Bournemouth, em Dorset.